sábado, 9 de março de 2013

Estratégia - A Arte da Guerra - Terreno

Podemos comparar os terrenos de uma guerra aos locais onde nos estabelecemos, um local acessível é bom tanto para mim quanto para meus concorrentes, já um local não decisivo é exatamente o oposto. O que Sun Tzu prega é que devemos conhecer muito bem esses locais antes de partirmos para a batalha pois este conhecimento pode ser decisivo. Muitas pessoas dizem que basta apenas conhecer teu inimigo, mas neste capítulo Sun Tzu fala claramente: “Conhece o inimigo, conhece-te a ti mesmo; tua vitória nunca será posta em risco. Conhece o terreno, conhece o tempo; tua vitória então será total”.

Na segunda parte obtemos uma visão de tropas problemáticas que em todas as situações a culpa é do comandante, não devemos nunca confundir benevolência com mimo. Ser benevolente é ser justo é reconhecer quando se merece um prêmio ou quando se merece um castigo em sua justa medida. Como disse uma vez Fernando Pessoa: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Ser benevolente não é ser fraco, ao contrário do que muitos pensam, pois segundo o próprio dicionário define como: “Pessoa com muita paciência, calma e destreza para com os outros”, erroneamente se entende como “passar a mão na cabeça quanto aos erros”, não está escrito isso pois até a paciência tem seus limites.

 Benevolência nada tem a ver com condescendência que o próprio Sun Tzu nos esclarece no item 21: “Se um general é condescendente com suas tropas mas incapaz de empregá-las; se as ama mas não consegue impor o seu comando; se suas tropas são desordenadas e ele é incapaz de as controlar, pode-se compará-las a crianças mimadas e elas são inúteis.” ou como o próprio dicionário define: “Ser condescendente, é concordar ou deixar de dizer a verdade a alguém, por pudor ou pelo fato que sabe que a verdade magoará tal pessoa, ou quando se é conivente com algo ou situação errada e nada faz para que isto mude”. Então prefiro ser benevolente a ser condescendente.
 


Obrigado e até a próxima
Fernando Anselmo

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