domingo, 29 de abril de 2018

Empregabilidade - Pensar fora da caixinha

Sempre detestei rótulos, você é da "Geração X", aqueles alí são de "Capricórnio", sou "Ateu - Graças a Deus". Desde que a sociedade se modernizou precisamos nos rotular para sermos encaixados em algum meio, tipo: Você é Branco, Pardo ou Negro? Você é Rico, Classe Média ou Pobre? Quando crescemos os rótulos também vão se tornando mais especializados.

Primeiro ato que ocorre na nossa vida de brasileiro é escolher um time do coração - o segundo ato é ser avesso a qualquer um que não torça para o mesmo time - e pouco importa se o time ganha ou perde sempre devemos estar a favor (e desejar a morte por ácido do outro time que por azar do destino jogar CONTRA o nosso) e achar que se ganhou é porque jogamos bem demais e se perdeu foi por culpa de fatores externos do tipo: o Juiz roubou, o Bandeirinha é cego, foi impedimento naquele gol de falta, jogaram uma "urucubaca" no nosso goleiro que amanheceu indisposto e por aí vai.

A medida que o tempo vai passando mais rótulos vão se formando, seu "Partido Político", sua "Igreja" (não, não é sua Religião), seu "Contexto Social" ou seu "Círculo de Amigos", novamente tudo o que estiver fora disso não nos serve. Afinal de contas batalhamos muito por causa do "Partido X" (perdemos horas defendo-o nas redes sociais), sem aquela "Igreja da Novena dos 7º Dias que teremos a Revelação Sagrada das Velas Coloridas do Nosso Senhor" faz parte da minha existência (raramente apareço para o culto ou mudou algo na minha vida religiosa - mas isso não é importante) terrena e sem ela não sobreviveria ao cataclisma que vai acontecer em 2182 (pouco importa se estarei vivo ou não até lá), o "Contexto do Clube dos Programadores Analistas de Computadores" afinal de contas uma vez que foi promovido tudo abaixo não existe e meu círculo de amizades só pode ser formados por pessoas que possuam os mesmos rótulos que tenho qualquer outra pessoa está completamente errada.

OK já entendemos, mas o que é "Pensar fora da caixinha"? Permita-me propor-lhe o seguinte desafio (AVISO DE SPOILER: não prossiga a leitura):


O que mais adoro nesse desafio é que rótulos não contam, não serve ser um grande matemático, ou péssimo em português, não resolve ser evangélico, espiritualista ou umbandista. Pouco importa se torce para o Flamengo ou o XV de Jaú, se é a favor ou contra o Lula, para resolvê-lo a única coisa que deve fazer é pensar fora da caixinha.

A resposta é muito simples, o espaço é completado com a letra "R", esse desenho é apenas o conjunto de marchas de um carro e a marcha que falta é a "Ré". Não me importa ser rotulado, sei que sou, mas tenho o total direito de não gostar deles (dos rótulos) afinal um rótulo não permite que vejamos o quanto aquela outra "igreja", "time", "partido" ou qualquer outra coisa pode estar mais certo ou errado na que escolhemos para seguir.

Obrigado e até a próxima
Fernando Anselmo