Uma ovelha chamada Dolly mostrou ao mundo, pela primeira vez, a possibilidade da Clonagem em 1997. Era um clone pois compartia o mesmo DNA de sua mãe; em outras palavras, suas células tinham o mesmo material genético e eram gêmeas idênticas separadas por uma geração. Vamos supor que isso lhe ocorresse, um gêmeo idêntico a você surgisse com uma geração de diferença. Como ele seria? Talvez, mais experto, mais paciente, mais estudioso. Agora vem a pergunta que me interessa, como você se sentiria em relação a ele?
Poderíamos em um primeiro momento dizer que ficamos maravilhados com sua presença, entretanto acredito que o sentimento de ciúmes acabaria se tornando visível. Queria que existisse outra palavra para definir esse sentimento, só que não existe, seria ciúmes por ele poder ter a chance de realizar o que não pudemos, por ele ser melhor do que conseguimos ser. Agora, se ao invés desse clone ter uma vida própria e livre nós pudessemos moldá-la e controlá-la, como um robô que está sendo reprogramado e imaginemos também que esse clone não é mais experto, paciente ou estudioso, é simplesmente uma cópia fiel a nós. Olhando para ele, e se você tivesse esse poder, o que você mudaria? Você o faria mais inteligente, mais calmo ou mais estudioso? Sim, eu sei, a parte do ciúmes, mas imaginemos que ao realizar isso nele também seriamos afetados, ou seja, ao reprogramá-lo estaríamos também nos reprogramando, e a cada dia pudessemos realizar diversas mudanças, até chegar no que idealizamos.
Bem, a boa notícia é que sim, temos um clone, vá no seu banheiro e veja-o através do espelho, e temos também o poder de reprogramá-lo e tudo o que fazemos com ele nos afeta diretamente. Agora, basta decidirmos o que queremos fazer.
Feliz 2011 e até a próxima
Fernando Anselmo
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