domingo, 4 de março de 2012

Literatura - O prazer de ler e escrever

Não gostaria nessa postagem de falar de um autor, de uma série ou mesmo de um único livro, o que atrai uma pessoa a gostar de ler e escrever? E disso que gostaria de falar. O curta metragem de animação ganhador do Oscar deste ano chama-se "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" (algo como, "Os Fantásticos Livros Voadores do Sr. Morris Lessmore") um belo conto sobre um escritor que é levado a uma biblioteca para cuidar dos livros enquanto escreve sua própria história.


Possuo treze livros escritos sendo que o décimo quarto está em fase de concepção, por mera definição sou uma traça de livros e adoro ler, para falar a verdade adoro as histórias, viajo no mundo dos autores, cresci lendo a coleção de livros da minha irmã de Agatha Christie ("O Caso dos 10 Negrinhos" é meu favorito), comprava revistas em quadrinhos com todo o dinheiro que ganhava, lia revistas ou qualquer outra coisa que podia. Finalmente entrei no mundo da fantasia, primeiro com Tolkien, depois com Frank Herbert para amar de paixão as histórias de Neil Gaiman. Gosto de manter minha média de livros a 2 ou 3 por semana e não possuo um gênero fixo, a única coisa que sei que continuo chorando quando uma história consegue me emocionar.

As pessoas falam que essa é uma arte que está morrendo, não acredito nisso, atualmente leio com meu Tablet e ouço através dos AudioBooks, acredito que o livro está se reinventando. Como aquele filme "Mensagem para você" (You've got mail) a gente fica triste quando a lojinha de livros é fechada e substituída pela grande super-loja de livros, mas essa é a realidade. Vemos com saudosismo filmes como "O Artista" (que também ganhou o Oscar) mudo e preto e branco, porém em momento algum  sabemos que substituirá a lotação de um Avatar ou qualquer coisa mais tecnologicamente avançada, aguardo ansiosamente a chegada de "O Hobbit" ou "Prometheus" com seus milhares de efeitos especiais, pois tudo se renova e se reinventa.

Assim é o prazer de ler e escrever, o primeiro documento que escrevi, em uma propensão de escrever um livro, foi feito em uma máquina datilográfica manual, quando errava, não tinha jeito, era rasgar a folha e começar novamente. Atualmente posso quase editorar o livro final, posso mudar uma página ou um capítulo inteiro, adicionar ou remover coisas, isso também se renovou e está muito mais fácil para quem quer ser um autor. E porque imaginar que outras coisas também não se renovarão, ser saudosista com o passado é ótimo, mas não ficar agarrado a ele.

Obrigado e até a próxima
Fernando Anselmo

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