domingo, 10 de junho de 2018

Empregabilidade - Perguntas na era do Blockchain

Adoro as coisas da tecnologia principalmente no que diz quisito a moda, coloquei a palavra "Blockchain" no título porém este texto trata da "nova geração de perguntas realizadas por entrevistadores". Ou seja, "Blockchain" está adquirindo o significado de mudança (perdendo, ainda bem, aquele sentido de algo relativo a bitcoin) - Prometo uma nova postagem para falar sobre blockchain.

Vamos ao que interessa, você se prepara completamente para fazer uma entrevista, certo? Pesquisa a empresa que deseja trabalhar, manda o currículo personalizado e adequado para a empresa (não algo genérico - pois ninguém gosta de genéricos), certo? No dia da entrevista prepara-se para não chegar de modo algum atrasado, certo? E chega lá dança nas 5 primeiras perguntas que são as seguintes:
  • Nos conte o que você aprendeu e como fez para aprender qualquer nova tecnologia este ano?
  • Participa de algum grupo de tecnologia?
  • Além da área de tecnologia, quais são "as outras" áreas que você detém alguma espécie de conhecimento?
  • Participa de algum projeto de contribuição a sistemas comunitários? Quais?
  • Possui algum projeto de sistema publicado em algum repositório publico? Possui contribuições?
Aquelas perguntinhas básicas sobre: conhece linguagem X ou sistema Y já deveriam ter a resposta no currículo. Nenhum empresa atual faz uma entrevista para saber o que já está escrito no currículo (para isso que ele está personalizado e não genérico), elas querem é saber o que você faz da sua vida. Não, ninguém quer lhe espionar. Deixe-me colocar assim, ao adquirir um bem desejamos saber qual a vantagem que aquele bem nos proporcionará. Quantas vezes já ouviu a frase: "O maior bem de uma empresa são os seus funcionários".

Então o RH agora quer saber o quão valioso você será para a empresa, uma pessoa que não se interessa em mais nada a não ser criar o ABC diário da empresa vale muito menos que um profissional que vai muito além das espectativas. Alguém com iniciativa própria, que estuda porque sabe que lá na frente terá a recompensa, que faz muito além do que lhe foi pedido e que propõe soluções que aumentarão a eficiência e o lucro da empresa.

Você não é contratado para realizar o "espetacular", você é contratado para fazer bem um determinado trabalho. Quem faz um trabalho "espetacular" é valorizado. É isso que muitos trabalhadores não entendem. Existe dentro da empresa uma grande diferença entre estar contratado e ser valorizado. As pessoas me criticam quando falo isso, mas uma Empresa não é uma República, alí é uma Ditadura. Você não faz seu horário (isso pode até ser discutido), você está ali porque recebe benefícios para estar (não faz isso porque ama o local), existem regras rígidas (por mais que se digam que são flexíveis) e sempre existe alguém que dá as ordens (que não serão contradizidas).

Então para de "choradeira" (principalmente) em grupos de discussão dizendo que não existem vagas para profissionais, existem sim, o que não existem são profissionais. Para de dizer que não recebe aumento a X tempo se você faz exatamente o que foi contratado para fazer com o salário estipulado para isso.

Agora vamos a um segundo fator: "Criatividade" ou "Pensar fora da Caixinha", se conseguir passar pela primeira fase da entrevista (com as perguntinhas) vai ter que encarar a segunda fase que é algo realizado com o que você tem de criativo. Veja bem, a criatividade está em todos nós, assim como a lógica, para novamente  de dizer que você não tem lógica (você não conseguiria realizar nenhuma tarefa básica sem ela) ou que você não é criativo (já criou algo? Um brinquedo, uma maneira nova de sair de um problema, fez algo que ninguém pensou?). Você pode é dizer que tem um nível baixo de criatividade ou lógica.

Por que estou falando sobre "criatividade" e "lógica", porque são elementos contrários, a "lógica" tem a ver com a "racionalidade das ações". Observe a frase: Coloquei fogo na minha mão pois ela estava gelada e queria aquecê-la rapidamente, não pensei que doesse tanto. Essa frase foi dita com extrema lógica, a pessoa (ou criança) que fez isso não fez sem motivo, tinha um motivo e o raciocínio correto (o fogo esquenta). Se deu errado ou a solução foi idiota (programadores é que o digam de alguns sistemas) é outro problema.

Criatividade, o início da palavra já dá a dica "Criação", ato de conceber algo jamais imaginado ou, como prefiro, "pensar fora da caixinha". Calma, nessa segunda parte as empresas também usam testes criativos. Observe a imagem abaixo:


Uma resposta possível coloquei de cabeça para baixo. Como assim "uma resposta possível"? O ato de ser criativo envolve várias respostas para uma mesma pergunta, não existe a resposta pronta existe é seu nível de imaginação. É como um bom filme que podem existir milhares de finais possíveis.

Mas pode ficar aliviado pois várias empresas usam esse segundo teste apenas para descobrir um potencial candidato acima da média pois o primeiro já é o suficiente para a contratação.

Obrigado e até a próxima
Fernando Anselmo






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